No campo

O Duarte o meu filho mais velho, começou a trabalhar na Quinta logo no início do projeto, tal como eu fez de tudo um bocadinho, hoje tem um projeto em conjunto com a Madalena, a sua mulher, desde Junho de 2021. Está alojado num cantinho da Quinta. Um cantinho que vale a pena conhecer. É um projeto que vive à volta das flores que eles cultivam. Chama-se Flo e veja tudo em https://weare-flo.com/.
Na Quinta está a desenvolver um projeto para o primeiro hectare de agricultura regenerativa/agro floresta. Um passo à frente do modo de produção biológico que hoje praticamos.
Dizem que não é fácil trabalhar com a família e nós dois bem o sabemos, mas o que me faz sentir que vale a pena é saber que pensamos do mesmo modo nas grandes decisões, as que têm a ver com valores, princípios e caminhos a seguir. O resto são “peaunuts” que vamos ter que aprender a gerir.

O Xico trabalha na Quinta desde 1984, é o nosso braço direito no campo e esquerdo em quase tudo. É ele que sabe onde passam os canos, onde entram e saem os fios elétricos. O Xico conserta o estragado, arranja o desarranjado. Não há quem não “vá perguntar ao Xico”. Tudo o que sabe aprendeu a fazer e a ouvir. Se há gente que no campo faz a diferença são pessoas como o Xico, os que viveram sempre com os pés na terra, tanto literal como figurativamente. Quando queremos uma opinião assertiva é ao Xico que a vamos pedir. Um homem de confiança.

O Boonchu foi o primeiro tailandês a chegar à Quinta. Veio em Dezembro de 2011. E veio para ficar. Todos os anos diz que são só mais dois, mas os dois têm-se multiplicado ano após ano. O Boonchu já é o segundo boss, logo a seguir ao Xico.
Como é característico do povo asiático é sempre igual, sempre ao mesmo ritmo, sempre com um sorriso e um agradecimento, sem surpresas, é assim o Boonchu. Tão bom, que resolvemos multiplicar por 3.

Um ano depois chegou o Chaiwat. A mesma dedicação, o mesmo empenho o mesmo ritmo.

Dizem que na vida nada é por acaso e o Helder vem sem dúvida confirmar esta frase.
Começou a trabalhar connosco em Agosto de 2017, tem 31 anos e nunca tinha conseguido um emprego, só, só mesmo, porque é surdo. Agarrou esta oportunidade com unhas, dentes, mãos e pés. O Helder é um trabalhador TOP, incansável e agora um homem feliz.

E em 2018 o Pachernchok, em “português” Chô. E depois o Phanom, "Fanon".

O Hugo Oliveira

No armazém

Em 2015 o Sr. João veio fazer um estágio do IEFP para a Quinta. Foi um mês a inventariar, limpar, arrumar todas as ferramentas. Correu muito bem, foi convidado a ficar. Com jeito para quase tudo, foi a fazer “quase tudo” que ficou. Passou pelo campo e foi parar ao Armazém. Exemplo vivo da polivalência, essencial numa pequena empresa. É bem provável que ainda passe por outras experiências.

O Rui veio em 2021 trabalhar no armazém, fazer a receção e distribuição dos produtos, organizar o espaço. Nos primeiros tempos era muito sisudo, verdade também que os primeiros contactos serem em tempos de máscara é muito mais difícil. Mostrou-se um ótimo trabalhador. Muito organizado, ponderado, ao fim de uns meses foi convidado para responsável de armazém.

O Gourmet chegou em 2021 tal como muitos outros vieram do outro lado do mundo, neste caso da India, para trabalhar na Europa. Chegou à Quinta depois de já estar em Portugal há uns tempinhos. Tal como todos os outros estrangeiros que temos, chegaram para nunca mais saírem.

O Forhard

A Iryna

A Carolina

Na distribuição

O Pedro Rodrigues (o segundo Pedro a entrar, por isso o responsável por termos que dar apelidos aos Pedros), começou a trabalhar na Quinta em Maio de 2018 Este Pedro é um foguetão na verdadeira aceção da palavra. Ele passa a correr, sai a correr, chega a correr. Se houvesse uma corrida de 100m para distribuidores de cabazes nós inscrevíamos o Pedro.

O Hugo chegou em 2021, depois de anos a trabalhar em atendimento ao cliente em loja, veio substituir o Marcelo (o nosso tropa). Se ao princípio parecia meio perdido, hoje já está bem enturmado. Tal como todos os colegas não tenho dúvida de que é um excelente representante da Quinta quando bate à porta dos clientes.
O Hugo é também elemento integrante da equipa do Mercado do Principe Real ao sábado.

O André

O Pedro Jesus

O Alexandre

No escritório

A Clara

A Diana

A Carlota

O Rodrigo

A Inês

Na cozinha de produção

A Carmo entrou em 2020 para segundo elemento da cozinha. Mais uma super trabalhadora. Em conjunto com a Piedade fazem uma super equipa. Tão boa que tem sido difícil encontrar elementos à altura para trabalhar com elas.

Svetlana tem este dom, começou em 2020 e conseguiu ser aprovada por ambos. O que é muito bom sinal. É também uma óptima funcionária. Caso contrário, não estaria por cá durante muito tempo.

A Susete

A Cláudia

Dinora

O Naym

Na padaria

A Karina

O Bruno

O Tiago

A Bárbara

Na Mercearia

A Fátima

A Karen

Nos mercados

São estudantes universitários que fazem os nossos mercados ao sábado. Sinto orgulho nesta malta nova que estuda durante a semana e que ao sábado se levanta às 6:00 da manhã para ir fazer os 2 mercados onde estamos Príncipe Real e Cascais. Faça chuva, faça sol, ou tempestade lá estão eles.
Ontem foram uns, que, entretanto, já acabaram o curso e começaram a trabalhar, hoje são outros e amanhã serão ainda outros mas todos com a mesma vontade de fazer o melhor.
Hoje os Hugos, o André, o Pedro, o Alexandre, as Catarinas dizem presente.

Os meus filhos

Os meus filhos que estão cá desde que nasceram, que já todos de alguma maneira fizeram parte desta equipa e que continuam a fazer parte desta casa. Que viram, não com o maior agrado, a casa invadida. O seu espaço tornado público. Sim, sei que não é fácil, o que me leva a achar que valeu mesmo a pena é pensar que se não fosse assim provavelmente esta já seria a casa de outros.

As amigas

Que ajudaram estando presentes quando foi mais preciso e tão importantes que foram e são na evolução desta Quinta. Com trabalho “pesado”, com animo ou com investimento. A Lena, a Leonor, a Teresa, a Manela cada uma delas tem um bocadinho de si aqui.

Bem hajam todos os que aqui dão e/ou deram o melhor de si.

Luísa

Sou eu, a Luisa

Um dia tive uma ideia, da ideia nasceu um projeto, do projeto nasceu a obra, da obra está a nascer uma vida. E esta ideia, este projeto e esta obra um dia vão ter vida própria, tal como os meus filhos, e não vão depender de mim.
Estamos em 2022 e está a chegar a hora de passar a pasta. Gostava de ainda poder ver esta Quinta a florescer ainda mais, já nas mãos dos meus filhos. Quem sabe?
Está na hora de ter outra ideia…(mais à ajustada à idade)

Tenho que confessar que de cada vez que me pedem para atualizar “a equipa” fico um pouco mais assustada. Nunca pensei que alguma vez chegasse a ter tanta gente a trabalhar neste projeto. É um orgulho saber que conseguimos chegar até aqui com todos os elementos da equipa com contratos efetivos e com as “contas todas em dia”, mas é também um susto. No entanto, suspeito, que ainda não vamos ficar por aqui.

Uma palavra ainda para os nossos estrangeiros. É um orgulho poder constatar que quando cá chegam, já não se querem ir embora. Tenho a certeza de que se sentem bem e seguros, num local onde têm vencimentos iguais aos de todos com a mesma função, onde trabalham 8 horas por dia, onde têm uma casa digna.
Do nosso lado só temos que lhes agradecer a dedicação que mostram mesmo estando tão longe da família e do seu país.