Não vamos aumentar preços, vamos aumentar produto.
Na prática o que acontece?
Os cabazes tipo vão passar de 25€, 35€ e 50€ para 30€, 40€ e 55€, não porque aumentámos os preços, mas porque adicionámos um pão.
Nos cabazes personalizados a encomenda mínima passa a ser de 30€. Acreditamos que os sabores destes maravilhosos pães vão suavizar esta alteração.
Sempre, mesmo muito gratos por vos ter connosco.
Nota para clientes de 3ª ou de 5ª feira:
Nunca nos metemos por caminhos fáceis mas também sabemos que podemos contar convosco.
A produção de pão de fermentação lenta exige que o processo se inicie dois dias antes da cozedura.
Para garantir a entrega do seu pão e evitar muitas quebras (quanto mais produzirmos a “olho” mais hipóteses temos de ter muitas quebras), vimos pedir-lhe o favor de fazer um ajuste nas suas encomendas.
Clientes de 3ª feira que façam as vossas encomendas de cabaz até domingo às 7:00 (o processo de fermentação começa no domingo logo de manhã)
Clientes de 5ª feira que façam as vossas encomendas de cabaz até 3ª feira às 7:00 (o processo de fermentação começa na 3ª feira logo de manhã)
Obrigada.
Blog26 de Maio, 2016
Já acendemos o forno!
Hoje foi dia de acender o forno pela primeira vez no nosso restaurante.
Como todos estes artefactos tradicionais o acender um forno de lenha pela primeira vez obriga a rituais e preceitos.
O Sr. Isidro, o artesão que o construiu, avisou logo que o primeiro fogo tinha que ser feito por ele. E o que ele diz a gente faz porque é sem duvida um grande perito nesta arte.
A primeira vez, como todas as primeiras vezes da vida, é a mais importante para que o forno fique bem "temperado", o que implica leva-lo a uma determinada temperatura, no fundo para "selar" ou "cozer" o próprio forno. Um forno bem temperado nunca racha.
E com um fogo tão bom, que tal aproveitar para cozinhar já hoje lá dentro?
Resposta pronta do Sr. Isidro "- Isso é melhor não, no primeiro fogo diz o preceito que não se deve cozinhar e ainda por cima hoje é dia santo e diz o ditado que em dia santo não se coze pão, por isso para tudo começar como deve ser é melhor obedecer"
Mas conhecer e falar com o Sr. Isidro não é só falar de fornos, o Sr. Isidro sabe tudo sobre muito da história de Portugal, tendo tempo para nos sentarmos a ouvir é delicioso aprender com ele.
Quando começa é difícil, muito difícil para-lo, salta de assunto em assunto como se as ideias brotassem em cada salto, qual trampolim. Hoje falou sobre a construção do Convento de Mafra (a sua grande paixão) da Batalha, a História dos Comboios.
E porque é uma pessoa crente, no fim remata sempre com um " - fiquem na paz de Deus, tendo cá Jesus dentro isto só pode correr bem."
Perguntei-lhe se queria que pusesse o contacto dele para quem estivesse interessado em fazer um forno, a resposta: "- não o contacto assim não, se lhe perguntarem pode dar e se quiser pode pôr a minha fotografia"
Não posso deixar de vos dizer que se um dia quiserem fazer um forno falem mesmo com este homem, para além de saber como poucos do oficio, sugere-nos que compremos os tijolos a um colega que os coze tal qual se coziam há séculos, numa "oficina" linda de morrer, que está em vias de fechar . que pena que dá sentir que não se dá o devido valor a estes ofícios.
Resumindo, se quer fazer um forno fale com o Isidro e compre os tijolos ao colega dele.
Há coisas que merecem continuar.