Resolvi andar para trás no blog. O que escrevi eu em Abril de 2015, ano em que dei inicio a esta “Vida de Uma Alface”?

E claro descobri que podia escrever igualzinho hoje. Não me admirei. Porque crescemos muito – em 2022 entregamos por mês o mesmo número de cabazes que entregámos em todo o ano de 2015 – Mas sempre mantivemos uma vontade e um entusiasmo gigantes.

Se há alguma coisa de que falei neste texto que gostava que acontecesse mais vezes? sim, há. Gostava que todos os nossos clientes de cabaz e de mercados tirassem um dia para nos vir conhecer. Gostava mesmo. Não tenho dúvida de que os produtos que consomem ainda iam saber melhor.

Aqui fica o texto escrito em Abril de 2015

“A nossa ambição máxima é que a Quinta do Arneiro consiga perdurar por muito tempo como um exemplo, como uma escola, como até, porque não, um lugar mágico.

Os princípios a que nos propomos não nos levam por caminhos fáceis, mas também sabemos que os caminhos fáceis são efémeros.
Sempre tive tendência para complicar! Não gosto de coisas fáceis e baratas, apesar de saber que podem dar milhões… Para uns (onde me incluo) é uma virtude, para outros um entrave.
Vibro nas semanas em que temos muitos clientes novos, vibro com os clientes que estão connosco há muitos anos, vibro quando escrevo estas coisas. Fico muito triste quando desistem, mais pela impotência e falta de dever cumprido do que pelo dinheiro que deixámos de ganhar. (Há quem ache que não me devia expor assim…)
Adoramos elogios, mas a verdade é que vivemos dos clientes que temos. Muitos clientes farão de nós uma empresa sustentável, eficaz, justa e alegre. É mesmo dos clientes, sejam os que recebem os nossos cabazes em casa, seja os que compram nas nossas bancas dos mercados, sejam os que exigem os nossos produtos nas lojas onde vendemos, sejam os que vêm aqui à Quinta comprar, seja os que vão à nossa banca da Ribeira comer uma salada, que vivemos.
Quando sonho acordada, imagino cada cliente uma árvore bem enraizada, imagino…”

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