Esta fotografia é incrível. Todos conhecemos o nosso Presidente para saber o quão intensivo, abusivamente desproporcionado nas demonstrações e “emplastro” pode ser.
Mas desta vez ganhou, seja o que for que tenha dito, originou uma gargalhada que dá gosto.
Uma gargalhada que é o símbolo mais do que perfeito destas Jornadas.
Ainda bem que fui a Lisboa hoje.
Se não tivesse lá estado provavelmente não tinha entendido metade. Quando digo lá, foi mesmo e só nas ruas de Lisboa, que não fui a nenhum dos eventos. Entrei e saí, mas deu para sentir a maravilhosa energia que abraçava a cidade.
Estavam ali todos os povos, todas as culturas, todas as religiões. Sentiam-se ali todos os povos do mundo. O respeito pelas diferenças, a boa, a incrível, convivência entre todos.
Afinal estavam lá TODOS. Os TODOS de que ouvi o Papa Francisco falar quando cheguei a casa.
Um exuberante grupo de espanhóis de braços no ar a acenar a um super contido grupo de coreanos que apenas levantaram a mãozinha e sorriram, fizeram-me dar uma gargalhada. Grupos sem fim, muitas bandeiras que não reconheci. Iam todos a caminho de um ponto de reunião, eram, realmente, muitos milhares. O Parque Eduardo VII foi hoje o palco da Cerimónia de Acolhimento.
Fiquei a pensar cá para mim, quem saiu de Lisboa “com medo da multidão” (diga-se que deve ter sido a população quase toda) perdeu este sentir único que andava pelo ar. E eu que estive mesmo para não ir, com medo… também…
Não sei se financeiramente vai haver “haver”, mas o que senti é que a riqueza humana e a energia que vai ficar em Lisboa, ultrapassa em milhões os euros que se vão ou não ganhar.
Felizmente há muitas coisas que não se medem em euros e são dessas que nos vamos lembrar toda a vida.