É um gosto fazer visitas guiadas. Gosto muito de poder explicar o que fazemos, como fazemos e porque fazemos assim.
Adoro quando os grupos são interessados, quando fazem muitas perguntas.
É muito bom ver os olhos de espanto das crianças quando lhes digo que há flores que se comem e dou a cheirar cada uma das ervas aromáticas, não estão à espera de tanto cheiro diferente.
Quando os jovens adolescentes descobrem que é no campo que tem origem tudo o que os alimenta (ficam sempre a pensar se será mesmo assim :-)).
Claro que com um grupo de adultos dá para ir bem mais longe e sinto que muitas vezes ficam espantados com algumas coisas que vão descobrindo, como por exemplo que a courgette é um fruto e um fruto de verão 🙂 e que, por exemplo, o alho demora 6 meses da a plantação à colheita.
No fim sinto que ajudei a mudar a visão que a maior parte das pessoas tem do campo e da atividade agrícola. Fico contente.
E não, não são só as crianças que não sabem de onde vêm os ovos, as alfaces, o tomate. Tenho constatado, muitas vezes acabamos a rir todos juntos, que há muitos e muitos adultos que também não reconhecem as várias plantas da horta. Ok, a origem dos ovos, até agora, todos acertaram 🙂
Mas o bom da história é que há cada vez mais vontade de aprender.
Houve, talvez duas gerações, que fugiram a sete pés para a cidade. Sinónimo de evolução. Estão agora a descobrir que afinal no campo é que se está bem. Mas entretanto os filhos, que já nasceram por lá, não tiveram qualquer contacto com o campo. Está na hora de, senão vir viver para o campo, pelo menos criar uma relação mais próxima. Acredite que uma relação amorosa com o campo é uma relação que fica para a vida.
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